Habitada
desde a década de 1960, a cidade de Vicente Pires ganhou destaque após a
centralização das então Colônias Agrícolas Vicente Pires, Águas Claras,
Samambaia e São José, em 1989. Reconhecida como Região Administrativa,
no início de 2009, no último dia 26, a cidade comemorou aniversário de
três anos de emancipação de Taguatinga para a XXX- RA do DF. Uma das
características da cidade é a divisão de antigas chácaras em vários
lotes, o que se transformou em condomínios residenciais.
Atualmente,
a região possui uma população de mais de 70 mil pessoas, de acordo com a
Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio – PDAD 2010/2011. A maioria
dos moradores são funcionários públicos e empresários, que optaram por
morar na cidade devido ao amplo espaço que os lotes dos condomínios
proporcionam, diferente do que ocorre em regiões como águas Claras e
algumas áreas do Plano Piloto, onde os apartamentos são predominantes.
Há
cinco meses no cargo, o administrador e morador da cidade, há 18 anos,
Dirsomar Chaves falou sobre os tramites de regularização e outros
projetos, em entrevista exclusiva ao Cidades HOJE.
Dirsomar
revela que durante as comemorações do aniversário da cidade, irá
discutir uma série de assuntos, dentre eles, o andamento da
regularização fundiária. "Vamos aproveitar a oportunidade para conversar
com os moradores, já que aqui, a maioria das festas acontece dentro dos
condomínios", diz. Ele acrescenta que depois de regularizada, a cidade
terá uma grande valorização . "Quem vai ganhar são os donos, já que os
lotes com escritura poderão valorizar em até 100%", comenta.
Segundo
Dirsomar, desde 2005, quando a União assinou um acordo de cooperação
técnica com a Associação de Moradores, para a regularização,
simbolicamente, a cidade passou a existir. "Aquele momento foi um marco
na nossa história. Poderíamos comemorar o aniversário de sete anos",
afirma.
Na
luta pela regularização dos terrenos, desde 2003, o administrador
explica que este foi o motivo que impulsionou a abertura da RA. "o
Governador providenciou a abertura da Administração, pela necessidade da
presença do Estado na região, devido ao aumento da população e de
demandas. Ainda não é suficiente, mas foi uma conquista", avalia.
Processo adiantado
Dirsomar explica ainda, que o processo de regularização está adiantado. "Em
02/12/11, foi feito o registrou em cartório do terreno em nome da
União, a comunidade promoveu o estudo do impacto ambiental.
Até o final deste mês, teremos a Licença Prévia para estudos de
drenagem e pavimentação. Logo, vamos poder levar a planta urbanística ao
cartório, para que cada lote tenha registro", relata.
Para
concluir o processo, segundo o administrador, a Terracap deve assinar o
contrato de compra e venda com cada morador, o que gera um valor a ser
pago, mesmo que já tenham quitado o lote. "Esta é a última etapa da
regularidade, assim vamos poder liberar o Alvará de Construção. O
governador Agnelo Queiroz assumiu este compromisso, no início do
governo. Falta pouco para a regularização acontecer de fato", completa. Dirsomar afirma que em média, um lote de 800m² custa entre R$ 200 a R$ 250 mil, na avaliação de técnicos do governo.
De
acordo com Dirsomar, o governo está empenhado em ajudar a cidade a
superar seus desafios. "Os investimentos não param. Hoje, já temos uma
delegacia, que atua muito bem na região, duas escolas públicas, mas
falta um posto de saúde, e precisamos de melhorias no trânsito",
reconhece. Ele adianta que está pronto um projeto de duplicação da Rua
4, o que vai melhorar muito o trânsito na região.
O
administrador ainda destaca a importância turística e econômica da
Feira do Produtor. "É um local que o governo olha com carinho, mas vamos
trazer novas melhorias", comentou.
Fonte: Jornal Cidades - Publicado em junho de 2012 - Por: Ana Paula Oliveira