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terça-feira, 12 de junho de 2012

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Recuperação das vias na 26 de Setembro

A equipe da Administração Regional de Vicente Pires está realizando o trabalho de Terraplenagem na 26 de Setembro onde serão feitos 23 km de recuperação das estradas internas e principal, com 5cm de cascalho em todas as vias do local. A obra foi autorizada pela Flona de Brasília/ICMBIO e vai trazer qualidade de vida para a comunidade.
Administrador recebe estudantes da Escola Classe Vicente Pires

Hoje pela manhã o Administrador de Vicente Pires Dirsomar Chaves recebeu os alunos da Escola Classe Vicente Pires para uma entrevista. Os estudantes fizeram diversas perguntas sobre a cidade e convidaram o Administrador para ser padrinho da turma na festa junina da escola que vai ocorrer no próximo sábado dia 16 de junho.

Controle Social da Comunicação, urgente!

A redemocratização no Brasil foi fundamental para a sociedade. Os tempos obscuros da ditadura militar deixaram consequências que impossibilitam o país de exercer a democracia no chamado ‘Quarto Poder’. É bem verdade que a história da imprensa no Brasil evidencia o monopólio, sempre atendendo a interesses da classe dominante, tendo seu início em 1808 com a chegada da Família Real portuguesa ao Brasil. Mas foi durante o regime militar que a ditadura midiática e massificada se estabeleceu de forma definitiva. Decidindo, de acordo com o interesse econômico dos donos dos veículos, quais seriam as decisões políticas que a opinião pública iria aceitar ou não. Não bastasse isso, muitos políticos marcados no cenário nacional tornaram-se donos ou sócios de veículos de comunicação, fato que se reproduz até hoje, porém, segundo o Marco Regulatório, deve ser extinto para garantir a isenção de influências destes mesmos políticos na veiculação de quaisquer informações.

Com o advento da internet e a febre dos blogs e microblogs, ensaia-se uma tentativa de democratizar a liberdade de expressão. Sem dormir no ponto, pouco a pouco, as empresas de comunicação vêm oferecendo patrocínio e comprando os blogueiros que, até então, faziam jornalismo alternativo de qualidade. O fato é que o país precisa com urgência implantar e ampliar o que já prevê a Constituição de 1988. Em recente comentário nas redes sociais, Emir Sader publicou: "Os educadores têm que ser educados, os juízes têm que ser julgados, a mídia tem que ser investigada. Na democracia ninguém deve estar fora do controle social". Publicação que justifica resumidamente o Marco Regulatório das Comunicações.

Há vários anos, observa-se nos noticiários um silêncio escancarado a respeito das reformas de que tanto o país precisa. Muito se fala da corrupção que, aliás, não é exclusividade do momento, mas pouco se fala das medidas que a podem conter ou até mesmo extingui-la. A informação plural, diversa e de fácil acesso fortalece a democracia e engradece a cidadania. Na contramão desta lógica, os grandes veículos de comunicação insistem em misturar controle social da mídia com censura, argumento já superado, o que se configura como um grito de socorro por parte da mídia dominante de nosso país. Não, marco regulatório não é censura, é democratização! O Brasil, que já viveu tempos de repressão e agora sofre com a ditadura dos oligopólios e monopólios de comunicação, não pode aceitar esse argumento. Entretanto, vemos que no Brasil não há diversidade e pluralidade nos espaços destinados à comunicação, o que possibilita a manipulação das informações pelos grupos dominantes da área. Além disso, o Marco Regulatório se faz necessário tendo em vista que a legislação referente ao setor é defasada e não dialoga com a conjuntura mundial de luta pela verdadeira liberdade de expressão.

É preciso cobrar que a mídia cumpra o papel de informar e contribuir para a construção de uma sociedade livre de preconceitos, em sua maioria fomentados por ela própria, ou seja, em vez de assumir uma posição circunstancial no compromisso de transformar a sociedade, esses pequenos grupos que dominam o círculo midiático do país acabam reafirmando diversos valores e princípios retrógrados e carregados de intolerância e alienação.

Em contrapartida, blogs, microblogs e redes sociais se tornaram as armas do jornalismo alternativo. Sabemos que é preciso democratizar não somente o acesso à informação, mas também sua produção. As maiorias, tratadas como minorias, querem e precisam participar ativamente da opinião pública. Acreditamos que a imprensa brasileira deve garantir que a cultura de nosso país, em suas diversas manifestações, seja valorizada, promovendo a participação popular em sua amplitude, dentro desse contexto, o fortalecimento das TVs e rádios comunitárias se faz imprescindível para o incentivo à produção sociocultural das comunidades em cada canto do Brasil.

Não há mais condições da população ser tratada somente como número para arrecadação de publicidade. É neste contexto que a ‘Grande Mídia’ massifica conceitos e estereótipos que nada têm ajudado na formação da opinião pública. Cidadãos estão sendo cotidianamente explorados pela mass media, transformados em robôs reprodutores do discurso de massa. Seja na política, no esporte, na economia ou em qualquer outro assunto, a linha editorial sempre se dá pelo afago aos patrocinadores da barbárie midiática.

Contenta-se com o discurso de que a massificação da produção dos veículos é produto da popularização cultural. Theodor Adorno já havia previsto esse engano, ao diferenciar o conceito de Indústria Cultural de Cultura de Massa. Por isso, a missão de conscientização acerca da importância destas transformações é da sociedade civil organizada, constantemente excluída e marginalizada do processo midiático. Movimentos sociais e partidos políticos têm por obrigação encampar essa bandeira, por padecerem de estereótipos manipulados pela grande mídia. A luta pelo Marco Regulatório das Comunicações é por uma Comunicação verdadeiramente Social. Esta bandeira só pode ser defendida por quem é marginalizado pelas grandes empresas de comunicação. Afirmamos que haverá pressão social pelo Marco Regulatório. Ministro Paulo Bernardo, envie o Marco Regulatório das Comunicações, que já está pronto, para o Congresso. E, por fim, estamos convencidas de que toda sociedade deve encampar essa luta e exigir: Regula, Dilma!

Por Danielle Veloso e Andreza Xavier, militantes da JPT-DF.